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Radicais Livres e Inflamação: Como Reduzir seus Danos na Produção Avícola

Dentre os muitos desafios que a avicultura enfrenta em seu dia a dia o estresse oxidativo (desequilíbrio de antioxidantes X radicais livres) e a inflamação (presente em todas as patogenias) estão entre os principais fatores que causam perda de resultados.

Muitos fatores podem levar ao aumento na demanda por antioxidantes: inflamações, velocidade de crescimento, maturação do aparelho reprodutor, tecidos com alta atividade (intestino, aparelhos reprodutores), altas taxas de THI (temperatura x umidade relativa do ar), enfermidades, vacinações, presença de micotoxinas, variação nas dietas, fatores antinutricionais de componentes da dieta e baixa qualidade da ração. No primeiro momento de aumento na demanda por antioxidantes, as células lançam mão de antioxidantes (ex. Vit. E) para remover os agentes oxidantes (KIM et al., 2010).  Caso esta demanda não seja atendida levará ao estresse oxidativo (SURAI, 2006; WANG et al., 2009; LIN et al., 2006).

O estresse oxidativo acarretará diferentes prejuízos de acordo com a categoria animal que for acometida. No caso de reprodutores, podemos verificar uma redução na estabilidade das membranas dos espermatozoides, redução no tempo de estocagem e redução na viabilidade de pintainhos de um dia (URSO, 2012). Em frangos de corte podemos ter perdas de desempenho devido ao desvio de rotas metabólicas pois o estresse oxidativo promove danos às biomoléculas de DNA, proteínas, lipídios e carboidratos (BRUSKOV et al., 2002).

A adição de antioxidantes na ração de aves em situação de estresse oxidativo auxilia no restabelecimento dos resultados zootécnicos esperados, por exemplo, Triques (2014) observou uma melhora no índice de fertilidade de machos bem como melhora de características biométricas de crista, barbela e testículos quando os machos receberam suplementação de antioxidantes em sua dieta. Em frangos de corte, Trassel (2011) observou um menor dano oxidativo, decorrente da menor peroxidação plasmática de lipídios, através do uso de óleos essenciais com propriedades antioxidantes.

Quando abordamos as inflamações em aves de interesse zootécnico nos deparamos com dois principais problemas causados por elas: anorexia e catabolismo proteico (proteína de fase aguda e resposta imune) (Youngs S. J. et al. 1997).

Sempre que processos inflamatórios estiverem presentes (situação corriqueira na produção) e suplementarmos as aves com aditivos ou medicamentos com ação anti-inflamatória conseguiremos minimizar os desvios de rotas metabólicas, melhorando assim os resultados zootécnicos e facilitando a acurácia de ajustes nutricionais.

Se levarmos em conta a tese de Niewold (2007) que argumentou que a maioria dos antibióticos tem um efeito anti-inflamatório não antibiótico, que por sua vez, pode reduzir o gasto metabólico direcionando os recursos para a produtividade animal, podemos encontrar uma explicação plausível que mesmo um antibiótico apresentando alto grau de resistência bacteriana, quando utilizado, consegue incrementar os resultados zootécnicos.

Frente as constantes restrições de uso de antibióticos os extratos de plantas com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, como o FEEDSTIM POULTRY surgem como opção para melhoria e manutenção de índices produtivos.

FEEDSTIM POULTRY é uma solução natural composta por um blend de extratos de plantas com princípios antioxidantes e anti-inflamatórios, Incluindo Scutellaria baicalensis e Curcuma longa (turmérico, açafrão da terra).

A Scutellaria baicalensis tem origem nas províncias de Hebei e Shanxi da República Popular da China, interior da Mongólia, Japão, Coreia e Rússia. É uma das plantas mais utilizadas na medicina chinesa contra infecções bacterianas do trato respiratório e gastrointestinal. Tem ação anti-inflamatória inibindo a produção de citocinas (TNFα, IL1b). A redução da concentração de citocinas controla a inflamação induzindo uma melhor performance, em particular a ingestão alimentar, a CA e o controle térmico (Schildknecht, Bachschmid, Baumann, & Ullrich, 2004), atuando também como antioxidante, reduzindo a produção de radicais livres e estimulando a produção natural de antioxidantes.

A Scutellaria potencializa a capacidade antioxidante dos macrófagos, uma expressão específica do genoma (superóxido dismutase intracelular) (Y. Zhang et al., 2012 ; Leonardo & Doré, 2011; Moskaug, Carlsen, Myhrstad, & Blomhoff, 2005; Z. Zhang, Cui, Li, & Yuan, 2012).

A Cúrcuma longa é uma planta originária da Índia e do sudeste da Ásia. É usada há mais de 6.000 anos pela medicina tradicional na Índia, sendo indicada na prevenção e controle de resfriado, sinusite, infecções bacterianas, alterações hepáticas, diabetes, reumatismo, anorexia (WANG et al., 2014; ALMEIDA, 2006; ARAUJO; LEON, 2001).

A Cúrcuma previne a ruptura da mucosa, modulando os mediadores negativos. Mantém os espaços intersticiais, que permitem a permeabilidade da mucosa. Com uma organização ideal das células, a saúde local e o potencial de absorção são preservados. (Ferreira et al, 2015).

A escolha da Cúrcuma para composição do AXION FEEDSTIM foi devida a sua ação sinérgica com a  Scutellaria baicalensis (Varmuzova et al., 2015).

FEEDSTIM POULTRY é indicado para todas as situações em que a ave seja submetida a condições de estresse oxidativo ou inflamações.

Editoria:

William Dick – Gerente Técnico de Nutrição Animal
EUROTEC NUTRITION®